10 de novembro de 2012

Não há mais tempo.


Penso que eu poderia ter respondido tantas vezes quando as pessoas gritavam comigo, mas eu me calei. Poderia ter arriscado e feito coisas incríveis, mas deixei o medo me vencer. Deveria ter feito todas as loucuras que me davam vontade, mas fui racional de mais. Fui sentimental, apenas, dentro do meu quarto, aonde eu sonhava com o que viria pela frente - eu, em cima do palco do Teatro Gran Rex -, imaginava aonde eu poderia chegar, o quão boa eu poderia ser. Mas eu deixei esses sonhos irem pra de baixo da cama, a minha vida inteira foi pra de baixo da cama! Sonhei tanto com a minha vida, com o meu futuro, sonhei alto e desisti de tudo. Deixei de acreditar em mim como uma criança deixa de acreditar na fada dos dentes. Eu sempre desisto de tudo, sempre deixei as pessoas me convencerem de que eu não seria capaz. Na verdade, eu não sou mesmo, pois uma pessoa realmente capaz de tudo não desistira fácil, como eu desisti. É por isso que eu perco tudo que quero, já sei que no final as pessoas vão ir em bora, que minhas vontades vão ir em bora, que meus novos sonhos vão ir em bora, porque eu sou fraca e pessoas assim não merecem  realizações.  Vou ser uma profissionalzinha barata, que trabalha por dinheiro não por prazer. Vou ser uma pessoa com a alma cinza e coração vazio – aquele tipo de pessoas, os quais eu nunca admirei. Eu sempre busquei a felicidade, mas nunca me permiti ser feliz. Coloquei-me nas maiores armadilhas, cometi os maiores erros, e só percebo isso agora quando não se tem mais tempo pra sonhar ou pra viver. Então, eu chorei! Pois, serei nada pra quem um dia sonhou ser tudo!    Kelen Bissoto'

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