15 de dezembro de 2012

Cáuculos Errados

"contei as horas, contei as estrelas, contei tijolos e nunca desisti de te esperar, porque sabia que um dia voltaria. mas, sua visita até aqui não me faz dizer que valeu esses malditos cálculos. eu preferia contar as constelações, as frações dos segundos, e os tijolos de cada prédio dessa avenida. veja agora! estou contando as feridas que você deixou aberta em meu peito."

Não há como conter.


"Não que eu me orgulhe disso, mas estou me acostumando a escrever textos com lágrimas nos olhos."     Kelen Bissoto'

11 de dezembro de 2012

Você é o cais quando estou à deriva


   "Era o meu mundo, minha segurança, meu apoio, meu melhor motivo. Era quem fazia o mundo se acalmar, fazia as minhas dores passarem, como mágica fazia tudo ficar bem. Até o dia em que resolver ir embora, me deixar desamparada e nem teve ideia do estrago que fez. Tudo desabou em cima de mim: meus problemas, minhas dúvidas, minhas angústias, meus erros.
   Quando partiu levou um pedaço do meu peito, deixando um buraco impossível de ser preenchido, que dói, que lateja, que faz lembrar. E dói tanto, que eu me culpo por tê-lo ali... Que a culpa da sua partida foi minha, que a culpa da dor é minha. Eu queria cura-la sozinha, mas preciso de você pra isso. Você é o pedaço que falta, é cura da minha doença. Pois, sabe mais de mim do que eu mesmo um dia vou me conhecer.
   Nunca imaginei que precisaria de alguém como eu preciso de você. Necessito da tua presença, do teu carinho, dos teus braços, das tuas palavras. Porque você se tornou meu porto seguro, a minha fuga do mundo, a minha ‘saída pela porta dos fundos’. Você é a minha segurança, sem você meu mundo se abala. “Você é o cais quando estou à deriva”."    Kelen bissoto'

6 de dezembro de 2012

29 de Novembro

"Era apenas pra gente se ver, matar a saudade, dar uma volta, sei lá, qualquer coisa, aí a gente foi lá pro seu apartamento, mas era só pra poder ficar mais de boa, mais a vontade. Ficamos sentados no sofá da sala, enquanto eu achava divertidos os desenhos pelas paredes. A gente tinha muito assunto a ser discutido, mas estávamos em silêncio tentando achar qualquer assunto que não envolvesse nos dois. Então como sempre, falamos da faculdade, porque esse é o nosso escape, o nosso assunto de fuga.
Aí você me olhou com estes teus olhos azuis, sorriu com um sorriso debochado, foi fazendo carinhos na minha mão, até que nossos dedos se entrelaçaram. Você foi colocando essa tua boca perto da minha, me abraçando com esse teu braço tatuado enquanto teu corpo me encurralava contra o encosto do sofá,  e não deu pra resisti ao teu jeito, teu cheiro, tua malicia. Era errado, nós dois sabíamos que era errado, e por mais que eu tivesse tentado resistir, não adiantava fugir, a gente se pedia em silêncio!
Não tinha mais volta, então fui conhecer o resto do apartamento, a cozinha com um post de banda de rock, o banheiro, o quarto... Ah o quarto, era uma desordem! Sua mala jogada no chão sem serem desfeitas, a cama desarrumada, roupas espalhadas. Mas eu não estava me importando com nada disso, porque era eu que estava ali, com você, no seu quarto, na sua bagunça.
No meio daquela bagunça toda, você me olhava de novo com aquele olhar de malícia. Puxou-me pelos braços, abraçou-me firme, beijou meu pescoço, e literalmente me fez perder o chão. Jogou-nos na sua cama e aquela bagunça nos aconchegou. Teu beijo era tão firme e confiante como suas mãos pelo meu corpo.
Mesmo não querendo, eu tinha que ir embora - queria que o tempo parasse naquele momento para que eu pudesse ficar mais ali, do teu lado. Ainda mais, naquele ultimo beijo, no escurinho do corredor, com gosto de quero mais. De quero mais você, mais tempo, mais beijos, mais mão boba, mais sua cama, mais pegada, mais eu e você no teu apê.
Foi errado, mas foi bom. Não tinha magoas, não tinha arrependimentos. Tinha desejo... Ainda tem. Porque você sempre me diz: com você é diferente. Porque você ainda gosta, porque eu ainda mexo com você, porque não tem como resistir ou fugir quando somos nós que estamos ali! Porque com a gente é diferente, sempre foi, e sempre vai ser."    Kelen Bissoto' 

3 de dezembro de 2012

Desafiar.

‎"Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. Música. E pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida (…)"


2 de dezembro de 2012

Anotar sonhos.

"Tive vontade de sentar na calçada e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos."